Em 2018, eu fiz um post em que expliquei porque é que Chuck Jones (Um dos criadores dos Looney Tunes) não gostou de “Space Jam” (1996).
Nesse post, eu tinha dito coisas do tipo “ele tinha razão”.
Ano passado, eu estava a ver um vídeo no Youtube do canal Norbert que falou sobre essa história e a pergunta que dá nome ao post.
A verdade é que não é importante.
Eu explico.
É compreensível que o criador seja defensor de histórias que criou. Afinal, se não tivesse feito aquela história, nunca tinha chegado aonde chegou.
Isso se aplica aos fás desse criador.
Só que chega á limites doentios quando pessoas que leram, viram ou jogaram acreditam saber mais sobre aquela história do que o criador, ou que a palavra do criador é a Lei (que foi o erro que cometi naquele post).
E isso impede roteiristas de tomar liberdade quando estiverem a escrever uma adaptação ou uma sequela/prequel/midquel.
Já ouviram falar de “A Morte do Autor”?
Para quem não ouviu falar, é um ensaio de 1967 do crítico literário e teórico francês Roland Barthes (1915-1980) que argumenta contra a prática da crítica literária tradicional de incorporar as intenções e o contexto biográfico de um autor na interpretação de um texto e, em vez disso, argumenta que a escrita e a criação não estão relacionadas.
Ou seja, a palavra de qualquer pessoa (quer sejam criadores ou não) sobre qualquer história nunca é a Lei.
Lembrem-se: Opiniões são subjetivas. É o que leio ou oiço sempre.