domingo, 16 de maio de 2021

"Love, Death & Robots" Temporada 2 - Analise com Spoilers


Após 2 anos, "Love Death & Robots" (2019-presente) voltou, sexta-feira passada, dia 14, com uma 2ª temporada de 8 episódios (cliquem aqui para rever o trailer).

Assim como muitos fás, vi esta 2ª temporada, e só posso dizer que gostei.

E como disse na minha analise da 1ª temporada, não deixem as vossas crianças ver isto. É PARA MAIORES DE 18 ANOS porque contêm sexo (apenas na 1ª temporada), violência, nudez explicita e linguagem forte.

Para quem é novo no blog e nunca viu esta antologia, "Love, Death & Robots" é uma antologia de animação criada por Tim Miller ("Deadpool", 2016, "Terminator - Destino Sombrio", 2019) composto por vários episódios diferentes com histórias e animações diferentes, mas sempre abordando os 3 temas explícitos no nome : Amor, Morte e/ou Robôs.

A 1ª temporada contêm 18 episódios.

A 2ª contêm 8 episódios. Talvez por causa da pandemia ou por animação demorar mais tempo a ser feito do que imagem real, tiveram que reduzir o numero de episódios desta nova temporada e da 3ª (que também vai ter 8 episódios) que vai estrear para o ano.


Portanto e sem mais demoras eis aqui a minha analise de cada episódio desta nova temporada. Contêm SPOILERS!


Apoio ao Cliente Automático

Numa comunidade futurista de idosos aposentados servidos por assistentes robóticos, um robô aspirador revolta-se contra a sua dona e tenta mata-la e ao seu cãozinho de estimação.

Um episódio bem divertido (notei umas vibes de "3 Robôs" e "Quando o Iogurte Conquistou o Mundo", que, juntamente com "Histórias Alternativas", também são baseados em contos do mesmo autor), parece uma versão cómica e com final feliz de "O Segundo Renascimento" de "Animatrix" (2003), além de abordar a mesma mensagem de "Wall-E" (2008): O Amor Irracional consegue vencer a Programação da Vida.


Gelo

2 irmãos, Sedgewick e Fletcher, vivem com os seus pais num planeta de gelo onde quase todos os humanos que vivem lá foram modificados para terem habilidades super-humanas. 

Infelizmente, Sedgewick não fez a modificação sendo considerado um "estranho" pelos habitantes. 

Tudo muda, quando ele acompanha o irmão mais novo e uma gang de PORTUGUESES numa corrida que envolve não serem atingidos por baleias de gelo.

Durante a corrida, Fletcher se magoa e Sedgewick acaba por salva-lo. Ambos sobrevivem e Sedgewick recebe o respeito da gang (e provavelmente dos habitantes, no futuro).

Com um visual que lembra-me o meu episódio preferido da 1ª temporada, "Zima Blue" (porque são do mesmo estúdio de animação), esta história mostra-nos até que ponto ajudamos alguém a provar o seu valor. E as baleias de gelo lembra-me "A Noite dos Peixes".


Esquadrão de Extermínio

Num futuro distante, a Humanidade descobriu a Imortalidade na qual a procriação virou um crime. Qualquer humano que cometa esse crime é preso e os seus filhos assassinados.

Um policia fica angustiado com o seu trabalho, o que o faz procurar as razões que levam as pessoas a cometer esse "crime".

Uma história bem comovente e agridoce, que faz-nos lembrar "Blade Runner" (1982), que faz-nos questionar a Imortalidade, e porquê não é tão agradável como se pensa.

Além disso, a miudinha que o protagonista conhece perto do final é tão adorável.


Snow no Deserto

Snow é um homem albino que vive num planeta deserto e é caçado por causa da sua habilidade regenerativa que o tornou imortal.

Um dia ele conhece Hirald, uma agente da Terra que quer que ele ajude cientistas a entender a sua habilidade.

Quando Baris, inimigo de Snow, decide pessoalmente caçar o protagonista, começa uma luta que envolve Baris e a sua gang mortos e Hirald ter o seu segredo revelado: ela é uma cyborg. Ambos tornam-se um casal de imortais no final.

Apesar de não abordar com a mesma complexidade do episódio anterior, é uma invulgar história de amor que nos ensina a encontrar quem faz do nosso mundo, o mais belo. Além disso, o planeta onde a história se passa lembra bastante Tatooine ("Star Wars").


Campo de Medo

Quando um comboio deixa de dar vapor durante a travessia num campo, um passageiro, curioso com umas luzes azuis que viu da janela do seu vagão, afasta-se do comboio para investiga-las.

As luzes são de uns monstros que saem do chão e começam a perseguir o homem.

Por sorte, o revisor consegue salvar o homem, graças ao medo que os monstros têm do fogo, e os 2 conseguem entram dentro do comboio que voltou a dar vapor.

O revisor explica ao homem que de vez em quando, comboios param sempre naquele campo. Ele acredita que o campo deve ser uma passagem para outro mundo e que aqueles monstros devem ser pessoas que não tiveram a mesma sorte do protagonista.

Eu já estava a adivinhar que o revisor ia salvar o homem. É uma história bem assustadora, que nos lembra do famoso ditado "A curiosidade matou o gato", ou quase matou, no caso do protagonista.

A movimentação e as texturas dos personagens lembra bastante "Homem-Aranha no Universo Aranha" (2018).


Em Toda a Casa

2 crianças, na Véspera de Natal, ouvem o Pai Natal a descer da chaminé e decidem espiar a sua visita.

E acabam por descobrir a verdade sobre o Pai Natal.

Porquê? Ao contrario do que fomos ensinados em crianças, o Pai Natal não é um velhinho barbudo vestido de vermelho com um saco de brinquedos ás costas, mas sim um monstro que lembra os Xenomorphs ("Alien" 1979-presente), que, se a criança se portou bem este ano, como foi o caso dos protagonistas (coisinhas fofas!), vomita o presente embrulhado e intacto que esta pediu.

Mas fica a duvida que as crianças apontaram no final: O que acontece se uma criança se portou mal este ano?

Por razões de segurança, temos que portar bem para o resto das nossas vidas para evitar o pior.

Este foi o episodio que me deu receio de ver, só de ler a premissa. E acabou por ser o meu preferido desta 2ª temporada.

Só fico na duvida se isto é uma história de terror ou de comédia.

Uma coisa que é preciso apontar é o facto deste episódio ser feito em Stop-Motion. 

Porquê? Muitos especiais de Natal que fizeram e fazem a infância de muitos americanos são feitos nessa técnica. Por isso é uma bonita homenagem ao passado.


Life Hutch

Um piloto que sobreviveu a uma batalha espacial refugiu-se noutra nave que caiu no mesmo planeta que ele. 

O problema é que o robô de manutenção da nave está avariado e só quer matar tudo que se mexe. O protagonista, ferido, tem que arranjar maneira de matar o robô para depois mandar S.O.S.

Por sorte, o protagonista conseguiu mata-lo com a sua lanterna, visto que o robô (que lembra-me a A.M.E.E. de "Planeta Vermelho", 2000) persegue luzes como os gatos.

Lembrou um bocado "Dar Uma Mão", mas sem a intensidade extrema desse episódio, embora dá para ficar aflito quando o robô pisa a mão direita do protagonista.

E sim, eu sei que era o Michael B. Jordan interpretando o piloto através de motion-capture.


O Gigante Afogado

Um cadáver gigante todo nu aparece numa praia inglesa. Um académico conta a história desse cadáver desde que foi investiga-lo até á falta de interesse nas pessoas sobre a descoberta, com o passar do tempo.

Uma história fascinante que faz-nos questionar sobre a nossa existência neste mundo e o que vamos deixar de legado quando morrermos, assim como o cadáver gigante.



Conclusão:

Comparar temporadas de antologias é difícil. Mas gostei muito desta 2ª temporada, assim como a 1ª. Após ver o ultimo episódio, fiquei com ansia de que cheguemos a 2022 para poder-mos ver a 3ª temporada.

Qual foi o vosso episódio preferido desta 2ª temporada?

Um Bom Abraço e Até á Próxima!

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