sábado, 4 de março de 2017

Nos Princípios da Dreamworks Animation



Uma coisa que sinto falta na Dreamworks é do tempo em que ela costumava arriscar em projectos animados, tanto em animação tradicional quanto em computador. Apesar de gostar dos filmes recentes da Dreamworks, eu sinto falta desses tempos. Eu vou falar sobre esses filmes desde quando a Dreamworks foi fundada até quando abandonou a animação tradicional.


Aviso: Não vou falar das produções colaborativas da Aardman. Para mim, os direitos desses filmes pertencem á Aardman, porque foi ela que as produziu e teve a ideia.

Outro Aviso: Não vou falar de "O Caminho para El Dorado" (2000) e "Sinbad- Lenda dos Sete Mares". Apesar de eu achar divertidos e excitantes, eles não são ousados em conceito e inteligentes em roteiro.


1 º filme:

“A Formiga Z” (1998)


Z é a formiga obreira mais insegura e filosofa de todo o formigueiro, questionando a sua existência enquanto parte de um colectivo que parece ser tudo o que é importante para a sociedade das formigas. Certo dia, Z cruza-se com a princesa Bala e é amor à primeira vista. Para poder revê-la, Z troca de lugar com outra formiga, Weaver, um seu amigo soldado. Os problemas não param de surgir para Z em todo o cumprimento das suas novas funções defensivas e atingem o auge quando este tem de enfrentar o impiedoso General Mandíbula, que não olha a meios para realizar os seus planos revolucionários de fundar uma nova sociedade.

O 1 º filme de animação da Dreamworks consegue a ousadia de criar um filme de animação por computador com temas mesmo adultos (não acho que as crianças vão perceber o filme) ao mostrar o formigueiro do protagonista como uma metáfora de uma fabrica, além que o humor só os adolescentes e adultos vão perceber. Mas gostei da proeza e da inteligência do roteiro.

2 º filme:

“O Príncipe do Egipto” (1998)


No Egipto antigo, quando os hebreus lá viviam como escravos, o faraó Seti, temendo o constante nascimento de crianças hebraicas, pois no futuro poderiam se tornar uma força que ameaçasse seu poder, ordena que todos os bebês hebreus sejam afogados. Uma hebraica se desespera ao ver que o seu filho poderá ser morto e, para salvá-lo, o coloca numa cesta no rio. A criança acaba sendo encontrada pela rainha, assim Moisés criado como irmão de Ramsés, o herdeiro do trono de Seti. Os dois crescem e se tornam grande amigos, mas Moisés acaba descobrindo a sua origem, decide abandonar o palácio e libertar os hebreus, para levá-los para a Terra Prometida.

Um dos meus filmes de animação não-Disney preferidos e o primeiro filme de animação da Dreamworks a ser feito em animação tradicional, consegue a proeza de adaptar uma história da Bíblia (que não sou fá) aos moldes de um filme da Disney. Gerou uma prequel em filme para vídeo e DVD chamada “José, O Rei dos Sonhos”, que está muito bem feito e pelo que parece em breve se tudo correr bem, irá ganhar uma adaptação para a Broadway (só que está atrasado por causa de uma polémica sobre o elenco).

3 º filme:

“Shrek” (2001)


Era uma vez um ogre maldisposto e solitário chamado Shrek que vivia sozinho e feliz no seu pântano. Quando o minorca Lord Farquaad expulsa todos os personagens de contos de fada para fora do seu reino, Duloc, Shrek vê o seu pântano infestado por todo o tipo de personagens de contos de fada. Com a companhia de um Burro que só sabe falar e nunca se cala, Shrek vai ter com Farquaad para pedir o seu pântano de volta. Farquaad da-lhe o seu pântano se ele salvar uma princesa chamada Fiona que está presa num castelo abandonado guardado por uma dragão-fêmea feroz. Shrek vai salva-la e no caminho de volta, ele e Fiona se apaixonam. Mas o ogre sabe que não pode porque ela é uma princesa e ele é um ogre. Mas ele vai acabar por descobrir o terrível segredo que ela guarda.

O 1 º filme a ganhar o Óscar de Melhor Filme de Animação e uma autentica parodia aos contos de fada e ao universo politicamente correto criado por Walt Disney, Shrek acaba por ser um filme bastante ousado, divertido e inteligente, trazendo a mensagem que ninguém precisa de ser perfeito para ser feliz. Deu origem a 3 sequelas (o último é o meu preferido), uma spin-off tanto em filme como em serie, 2 especiais televisivos e um musical na Broadway.

4 º filme:

“Spirit- Espirito Selvagem” (2002)


No final do século XVII em pleno Oeste norte-americano vive Spirit, um cavalo mustang que resiste a ser domado pelo homem. Ele se apaixona por uma égua local, chamada Chuva, e desenvolve uma grande amizade com um jovem índio Lakota chamado Little Creek. Juntos, eles enfrentam a colonização do local onde vivem, percebendo as mudanças que a chegada da civilização faz no seu dia-a-dia.

Com a proeza de fazer um filme de animação com animais como protagonistas, mas que nenhum dos bichos diz nada durante o filme, Spirit acaba por ser um filme bastante inteligente, comovente e excitante. Este ano, vai estrear uma sequela em serie de animação chamada “Spirit- Riding Free” para a Netflix (Soa-me aquelas series de meninas com cavalos, por isso não estou interessado, mas pelo menos fico contente por o estúdio não se ter esquecido do filme).


E esta foi a minha opinião sobre os primórdios da Dreamworks. Como já disse, eu gosto de todos os filmes do estúdio, mas sinto falta dos filmes mais arriscados e inteligentes que o estúdio fazia antigamente.

Quais são as vossas memórias com estes filmes? Escrevam nos comentários.

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