Uma coisa que sinto falta na Dreamworks é do tempo em que ela costumava arriscar em projectos animados, tanto em animação tradicional quanto em computador. Apesar de gostar dos filmes recentes da Dreamworks, eu sinto falta desses tempos. Eu vou falar sobre esses filmes desde quando a Dreamworks foi fundada até quando abandonou a animação tradicional.
Aviso: Não vou falar das produções colaborativas da Aardman.
Para mim, os direitos desses filmes pertencem á Aardman, porque foi ela que as
produziu e teve a ideia.
Outro Aviso: Não vou falar de "O Caminho para El Dorado" (2000) e "Sinbad- Lenda dos Sete Mares". Apesar de eu achar divertidos e excitantes, eles não são ousados em conceito e inteligentes em roteiro.
Outro Aviso: Não vou falar de "O Caminho para El Dorado" (2000) e "Sinbad- Lenda dos Sete Mares". Apesar de eu achar divertidos e excitantes, eles não são ousados em conceito e inteligentes em roteiro.
1 º filme:
“A Formiga Z” (1998)
Z é a formiga obreira mais insegura e filosofa de todo o
formigueiro, questionando a sua existência enquanto parte de um colectivo que parece
ser tudo o que é importante para a sociedade das formigas. Certo dia, Z
cruza-se com a princesa Bala e é amor à primeira vista. Para poder revê-la, Z
troca de lugar com outra formiga, Weaver, um seu amigo soldado. Os problemas
não param de surgir para Z em todo o cumprimento das suas novas funções
defensivas e atingem o auge quando este tem de enfrentar o impiedoso General
Mandíbula, que não olha a meios para realizar os seus planos revolucionários de
fundar uma nova sociedade.
O 1 º filme de animação da Dreamworks consegue a ousadia de
criar um filme de animação por computador com temas mesmo adultos (não acho que
as crianças vão perceber o filme) ao mostrar o formigueiro do protagonista como
uma metáfora de uma fabrica, além que o humor só os adolescentes e adultos vão
perceber. Mas gostei da proeza e da inteligência do roteiro.
2 º filme:
“O Príncipe do Egipto” (1998)
No Egipto antigo, quando os hebreus lá viviam como escravos,
o faraó Seti, temendo o constante nascimento de crianças hebraicas, pois no
futuro poderiam se tornar uma força que ameaçasse seu poder, ordena que todos
os bebês hebreus sejam afogados. Uma hebraica se desespera ao ver que o seu
filho poderá ser morto e, para salvá-lo, o coloca numa cesta no rio. A criança
acaba sendo encontrada pela rainha, assim Moisés criado como irmão de Ramsés, o
herdeiro do trono de Seti. Os dois crescem e se tornam grande amigos, mas
Moisés acaba descobrindo a sua origem, decide abandonar o palácio e libertar os
hebreus, para levá-los para a Terra Prometida.
Um dos meus filmes de animação não-Disney preferidos e o
primeiro filme de animação da Dreamworks a ser feito em animação tradicional,
consegue a proeza de adaptar uma história da Bíblia (que não sou fá) aos moldes
de um filme da Disney. Gerou uma prequel em filme para vídeo e DVD chamada
“José, O Rei dos Sonhos”, que está muito bem feito e pelo que parece em breve
se tudo correr bem, irá ganhar uma adaptação para a Broadway (só que está
atrasado por causa de uma polémica sobre o elenco).
3 º filme:
“Shrek” (2001)
Era uma vez um ogre maldisposto e solitário chamado Shrek
que vivia sozinho e feliz no seu pântano. Quando o minorca Lord Farquaad
expulsa todos os personagens de contos de fada para fora do seu reino, Duloc,
Shrek vê o seu pântano infestado por todo o tipo de personagens de contos de
fada. Com a companhia de um Burro que só sabe falar e nunca se cala, Shrek vai
ter com Farquaad para pedir o seu pântano de volta. Farquaad da-lhe o seu
pântano se ele salvar uma princesa chamada Fiona que está presa num castelo
abandonado guardado por uma dragão-fêmea feroz. Shrek vai salva-la e no caminho
de volta, ele e Fiona se apaixonam. Mas o ogre sabe que não pode porque ela é
uma princesa e ele é um ogre. Mas ele vai acabar por descobrir o terrível
segredo que ela guarda.
O 1 º filme a ganhar o Óscar de Melhor Filme de Animação e
uma autentica parodia aos contos de fada e ao universo politicamente correto
criado por Walt Disney, Shrek acaba por ser um filme bastante ousado, divertido
e inteligente, trazendo a mensagem que ninguém precisa de ser perfeito para ser
feliz. Deu origem a 3 sequelas (o último é o meu preferido), uma spin-off tanto
em filme como em serie, 2 especiais televisivos e um musical na Broadway.
4 º filme:
“Spirit- Espirito Selvagem” (2002)
No final do século XVII em pleno Oeste norte-americano vive
Spirit, um cavalo mustang que resiste a ser domado pelo homem. Ele se apaixona
por uma égua local, chamada Chuva, e desenvolve uma grande amizade com um jovem
índio Lakota chamado Little Creek. Juntos, eles enfrentam a colonização do
local onde vivem, percebendo as mudanças que a chegada da civilização faz no
seu dia-a-dia.
Com a proeza de fazer um filme de animação com animais como
protagonistas, mas que nenhum dos bichos diz nada durante o filme, Spirit acaba
por ser um filme bastante inteligente, comovente e excitante. Este ano, vai
estrear uma sequela em serie de animação chamada “Spirit- Riding Free” para a
Netflix (Soa-me aquelas series de meninas com cavalos, por isso não estou
interessado, mas pelo menos fico contente por o estúdio não se ter esquecido do
filme).
E esta foi a minha opinião sobre os primórdios da
Dreamworks. Como já disse, eu gosto de todos os filmes do estúdio, mas sinto
falta dos filmes mais arriscados e inteligentes que o estúdio fazia
antigamente.
Quais são as vossas memórias com estes filmes? Escrevam nos
comentários.