Olá, pessoal! Hoje irei mostrar a minha lista de 10 filmes para toda a família (Animação, Imagem Real ou uma mistura de ambos) que eu considero subestimados e que merecem ser revistos.
A única diferença é que nenhum deles é da Disney.
São filmes que marcaram a infância de alguns, receberam nomeações aos Óscares, ou o simples facto que acho que estão bem feitos, independentemente do que os críticos disseram sobre o filme na altura.
Vamos lá, então? Vamos sim, senhor.
Fievel, Um Conto Americano (1986);
Distribuido por: Universal Pictures.
Dirigido pelo ex-animador da Disney Don Bluth e a primeira animação com Steven Spielberg envolvido (ele foi o produtor executivo neste filme), “Fievel, Um Conto Americano” passa-se nos finais do séc. 19 e conta a história do ratinho Fievel Ratowitz e da sua família que emigraram da sua terra-natal, Rússia, para os Estados Unidos da América, acreditando (assim como outros ratos que emigraram lá) que na América não há gatos.
Durante a viagem, uma tempestade separa Fievel da sua família e ambos chegam à Nova Iorque em caminhos separados. Na sua emocionante jornada para reencontrar a família, Fievel descobre que na América também há gatos e ajuda os ratos que moram lá a ter a sua liberdade.
O filme recebeu uma nomeação ao Oscar de Melhor Canção Original pela emocionante “Somewhere Out There”.
E o sucesso do filme gerou uma sequela em filme para cinema chamada “Um Conto Americano – Fievel Vai para o Oeste” (1991), em que Steven Spielberg voltou como produtor executivo, uma sequela em serie de televisão chamada “Os Contos Americanos do Fievel” (1992) que só teve 12 episódios e foi cancelada e 2 sequelas em filme para o mercado Home Video, “O Tesouro de Manhatan” (1998) e “O Mistério do Monstro da Noite” (1999) que se passam depois do 1 º filme e antes do 2 º filme.
Em Busca do Vale Encantado (1988);
Distribuido por: Universal Pictures.
A 2 º e ultima colaboração de Don Bluth com Steven Spielberg e a única com George Lucas, o pai de “Star Wars”, o filme passa-se no tempo dos dinossauros.
5 crias de dinossauros separados das famílias, Pezinho, o “pescoço longo” (apatossauro), Cera, a “tricórnio” (triceratops), Patola, a “boca grande” (parasaurolofo), Espigão, o “cauda de espigão” (estegossauro) e Petie, o “voador” (pterodáctilo), tem que trabalhar em conjunto para reencontrar as famílias ao mesmo tempo que tem de encontrar o Vale Encantado, um vale onde os herbívoros podem viver seguros de predadores, como os “Dentes Afiados” (Tiranossauro Rex).
Uma espécie de “Bambi com Dinossauros”, o sucesso financeiro e critico deste belo e emocionante filme deu origem a 12, volto a repetir, 12 sequelas em filme para home vídeo, lançadas entre 1994 e 2007 e uma sequela em serie de televisão em 2007-2008.
E 9 anos depois, o franchise voltou com um novo filme chamado “Journey of the Brave” (2016), portanto já não são 12, são 13.
Nenhuma delas teve o envolvimento do Don Bluth, do Steven Spielberg ou do George Lucas.
Casper (1995);
Distribuído por: Universal Pictures.
Mais uma vez produzido por Steven Spielberg (só que o realizador desta vez é Brad Silberling) e baseado no personagem criado pela Harvey Comics, esta versão, para mim, consegue ser a melhor adaptação da personagem.
Mas uma coisa que confesso que não gosto é que no final (não revelo spoilers), o Casper tenha tido uma recompensa à “Cinderela”. Gostava que ele tivesse tido uma recompensa à “Pinóquio” ou à “Bela e o Monstro”. Vendo o filme, vocês percebem.
Uma mulher avarenta chamada Carrigan (Cathy Moriaty) e o seu assistente Dibs (Eric Idle, membro do grupo “Monty Python”. Os mais velhos sabem quem são) chegam a uma mansão “art-noveau” abandonada chamada Whipstaff, na cidade de Friendship, no Maine.
Carrigan, ouviu no testamento do seu falecido pai, que a mansão, que estava numa das heranças que deixou, guarda um tesouro.
Só que a mansão é habitada por um jovem fantasma chamado Casper (voz de Malachi Pearson) e os seus 3 tios egoístas e cómicos, o Trio Fantasma.
Carrigan, após tentativas frustradas de tirar os fantasmas de lá, acaba de contratar um terapeuta de fantasmas, Dr. James Harvey (Bill Pulman) para tirar os fantasmas.
Na verdade, foi o Casper, com as suas habilidades fantasmagóricas, que lhe deu a ideia, por ter visto a reportagem sobre ele e ter se apaixonado pela filha dele, Katherine “Kat” Harvey (Christina Ricci, quando era jovem).
Após um mal-entendido, Kat tornar-se amiga de Casper e o jovem fantasma, com a ajuda da sua nova amiga, tenta relembrar as suas memórias de quando estava vivo.
O sucesso financeiro do filme (o filme teve criticas mistas) deu origem a uma serie de animação chamada “The Spooktacular Adventures of Casper” (1996-1998), que me lembro de passar na SIC, quando eu era pequeno (não me lembro como se chamava a serie em português. Se calhar só “Casper”). A serie não era canónica com o filme original, ignorava metade das coisas que o filme apresentou.
Anastasia (1997);
Distribuído por: 20th Century Fox.
Dirigido por Don Bluth, o filme passa-se em 1926. Anya, uma jovem órfã de 18 anos, na sua jornada para tentar descobrir a sua família, acaba por ser descoberta por um jovem vigarista chamado Dimitri e o seu parceiro Vladimir, ao descobrirem a semelhança física que ela tem com a princesa russa Anastasia Romanov, desaparecida há 10 anos.
Eles decidem fazer com que ela finja ser a princesa russa para a avó paterna dela, a Imperatriz Marie. Mal Anya e eles sabem, mas ela é mesma a princesa Anastasia.
No entanto, um feiticeiro maléfico chamado Rasputin, inimigo da família, acaba por descobrir isso primeiro e tenta ao máximo, fazer tudo para mata-la por causa do ódio que tem contra a família dela.
O filme, na minha opinião, tem a qualidade de um filme da Disney (e é muito confundido com um filme da Disney). Mas tenho que admitir que eu gosto imenso das cenas em que o vilão Rasputin fala com o seu parceiro, um morcego albino simpático chamado Bartok (a personagem mais popular do filme).
O sucesso do filme, deu origem a um espectáculo no gelo que durou entre 1998 e 1999, uma prequel/spin-off em filme para home vídeo chamada “Bartok, O Magnifico” (1999), protagonizado pelo morcego albino. E em 2017, surgiu um musical na Broadway, inspirado no filme.
O Príncipe do Egipto (1998);
Distribuido por: Dreamworks.
Nos finas da Era das Animações a Lápis, a Dreamworks fez um filme chamado “O Príncipe do Egipto”, um dos meus filmes de animação não-Disney preferidos.
No antigo Egipto, os hebreus trabalhavam como escravos do faraó Seti. Uma hebraica chamada Joquebede, por causa de uma ordem do faraó Seti para matar todos os bebés hebreus para evitar um excesso de população e uma revolta contra o Egipto, envia o seu filho mais novo de 3 meses, numa cesta nas aguas do Nilo. O pequeno é encontrado pela Rainha Tuya, que o adota como filho dando-lhe o nome de “Moisés”.
20 anos depois, Moisés e o seu irmão adotivo mais velho, Ramsés, o próximo faraó, tornaram-se amigos inesperáveis, até o dia em que Moisés descobre a verdade da sua origem. Ele foge do Egipto e acaba por chegar a um acampamento de hebreus, onde torna-se um pastor de ovelhas.
Um dia, alguns anos após ter fugido, Moisés recebe uma chamada de Deus que lhe diz que ele tem que libertar o sue povo que ainda vive com escravo no Egipto. Moisés parte na sua missão, na qual vai ser obrigado a enfrentar Ramsés, agora faraó. A sua confrontação final irá transformar para sempre as suas vidas – e o seu mundo.
Talvez a maior proeza deste filme foi o facto de terem feito uma Disneyficação* da história de Moisés, contado no Exodo (“Anastasia” também é uma Disneyficação). Se nós virmos os clássicos da Disney, reparamos que nenhum deles é uma adaptação de alguma história bíblica. Eu não diria que este filme seja bem para todas as idades, por causa da temática religiosa, maiores de 6 anos, é mais aconselhável.
Vencedor do Óscar de Melhor Canção Original, “Quando Acreditas”, e nomeado ao Óscar de Melhor Banda Sonora, o sucesso financeiro e critico deste filme deu origem a uma prequel em filme para home vídeo “José, O Rei dos Sonhos” (2000) que adapta a história de José, filho de Jacob, no livro de Genesis. E em 2017, a Dreamworks finalmente lançou a sua adaptação em musical baseado no filme (tal como “Anastasia”).
*Disneyficação é pegar numa história inapropriada para crianças e fazer uma adaptação acessível para os mais novos. É chamado assim porque muitos dos clássicos da Disney são adaptações desse tipo de histórias.
O Gigante de Ferro (1999);
Distribuído por: Warner Bros.
Baseado no livro infantil de Ted Hughes, e a estreia de direcção de Brad Bird, que iria para a Pixar, mais tarde, fazer filmes como o franchise “The Incredibles -Os Super-Hérois” (2004-presente) e “Ratatui” (2007), o filme é uma obra-prima subestimada.
Rockwell, Maine, 1957. Hogarth Hughes, um rapaz solitário de 9 anos, faz amizade com um robô amnésico gigante feito de ferro, vindo do espaço capaz de se autor-reparar e que tem um apetite imenso por metal.
Hogarth tem que proteger o seu novo amigo de Kent Mensley, um agente do governo americano paranóico, que quer destruir o Gigante, por vê-lo como uma ameaça.
Uma espécie de releitura de “E.T. O Extraterrestre” (1982) e a melhor representação do Super-Homem da DC Comics (de acordo com muitos críticos) no cinema, assim como “The Incredibles – Os Super-Heróis”, é um filme que os adultos conseguem compreender mais do que as crianças, por causa das situações adultas que são mostradas (O filme não tem nada de inapropriado).
O filme tem uma das melhores citações de sempre que é a mensagem do filme “Tu és o que escolhes ser e não o que os outros querem que tu sejas”.
O filme foi um fracasso injusto nas bilheteiras, mas foi muito bem-recebido pelos críticos. A razão principal do fracasso financeiro, foi a péssima campanha de marketing do filme pela Warner Bros., que estava passar uma crise tremenda em termos de animação por causa do fracasso financeiro e a receção negativa de “A Espada Mágica” (1998).
Mas nos anos que seguiram, o filme foi reavaliado pelo publico americano, tornando-se num dos melhores filmes da história do cinema.
Spirit, Espírito Selvagem (2002);
Distribuído por: Dreamworks.
No Velho Oeste, Spirit, um jovem cavalo mustang selvagem é raptado por humanos colonos, ao salvar a sua manada. Com a ajuda de um jovem nativo americano chamado Little Creek, ele consegue escapar e junta-se à aldeia dele, onde se apaixona pela égua do índio, Chuva. Na sua estadia com eles, ele participa numa viagem para salvar a sua terra da invasão do Homem Branco e conseguir recuperar a sua liberdade.
Outra proeza da Dreamworks: fazer um filme de animação protagonizado por animais, mas que nenhum deles fala no filme, só as personagens humanas, com a narração do protagonista.
O filme foi um sucesso de bilheteira e de critica, teve uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme de Animação (Perdeu para “A Viagem de Chihiro”, 2001) e depois de 15 anos, a Dreamworks fez uma sequela em serie de televisão chamada “Spirit: Riding Free” (2017-presente).
Looney Tunes de Volta À Acção (2003);
Distribuido por: Warner Bros.
Para mim, a melhor passagem dos Looney Tunes no cinema. Melhor que “Space Jam” (1996).
Porquê? É que “Space Jam” vai mais para o basquetebol e esse filme só foi feito para aproveitar o sucesso os anúncios da Nike em que Michael Jordan estava a contracenar com Bugs Bunny. Uma espécie de “anuncio da Nike estendido”, é o que o filme é.
Voltando para “Looney Tunes de Volta À Acção”:
Farto de ter o Bugs Bunny sempre no centro das atenções, Daffy Duck deixa os estúdios Warner e alinha com o duplo recém-despedido D.J. Drake (Brendan Fraser), numa aventura a volta do mundo, à procura do lendário Macaco Azul e, ao mesmo tempo, salvar o pai de D.J. o actor/espião Damien Drake (Timothy Dalton, um dos “James Bond” mais conhecidos da História do Cinema) do malvado presidente da ACME (Steve Martin).
Bugs e a vice-presidente de comédia da Warner, Kate Hudson (Jenna Elfman) juntam-se a eles na jornada, também para trazer o Daffy de volta aos estúdios, porque sem ele, as curtas do Bugs em que ele participa não ficam engraçadas.
O filme captura aquilo que os adorados personagens malucos da Warner Bros. são, graças a um fá dos personagens que os conhece muito bem, o realizador Joe Dante, conhecido por filmes como o franchise “Gremlins” (1984-1990), buscando também a vertente de participações especiais de celebridades, ao estilo “Marretas”.
O filme foi um fracasso injusto nas bilheteiras, o que eu acho uma pena, porque o filme merece um reconhecimento.
Astro Boy (2009);
Distribuído por: Summit Entarteinment.
Ok, eu sei que, para os Otaku (fás de cultura japonesa), ultimamente, sempre que Hollywood ou Netflix adaptam animes para filmes ou series, só sai asneira. Só espero que não façam o mesmo com os filmes do Studio Ghibli. Por favor, não façam.
(Devo ser um dos poucos jovens nascido nos 90 que nunca foi fá do franchise “Dragon Ball”, por 2 razões, para mim. 1: não tem história e 2: aquilo não é para crianças, mas os canais que transmitem isso querem lá saber se tem coisas inapropriadas. O filme “Dragon Ball Evolution”, 2009, não sei dizer se é pior ou melhor do que o anime).
Mas para mim a melhor adaptação americana de um anime, é o filme de animação “Astro Boy”, a Disneyficação de uma das obras mais conhecidas do “pai do manga moderno”, Ozamu Tezuka, produzido pela Imagi (os criadores de “Tartarugas Ninja: Uma Nova Aventura”, 2007) e distribuído pela Summit Entertainment.
Passado na cidade futurista de Metro City, Dr. Tenma, um génio da robótica cria um jovem robô com poderes extraordinários para substituir o filho dele, Toby, que morreu num acidente. Alimentado pela energia positiva azul, o jovem robô possui super-força, visão raio-x, super-velocidade e a capacidade de voar. Numa viagem em busca da aceitação, Astro Boy vai aprender as alegrias e emoções de ser humano e ganhar força para abraçar o seu destino, tornando-se num herói e defendendo os direitos dos robôs e dos humanos.
Na minha opinião, um dos maiores triunfos da adaptação, foi melhorar a relação que Tenma tem com Astro, visto que o manga original (nada contra) e as outras adaptações pioravam a relação entre eles.
É uma pena que o filme não tenha sido um sucesso financeiro , porque gostava de ver mais aventuras do Astro, mas talvez seja melhor ficar só pelo filme.
O Fantástico Sr. Raposo (2009).
Distribuído por: 20th Century Fox.
Dirigido e escrito por Wes Anderson, realizador de obras-primas do cinema live-action como “Grand Hotel Budapeste” (2014) e “Um Peixe Fora de Agua” (2005) e baseado no livro infantil escrito por Roal Dahl, o mesmo de… bem o poster diz isso, a animação em stop-motion é outro dos melhores filmes da história do cinema.
O Senhor Raposo adorava caçar o tipo de animais de quintas que raposas comem, até a Senhora Raposa ter-lhe dito que estava prenha. Ele decidiu abdicar daquilo que era bom, para a segurança da cria que iam ter. 12 anos-raposa depois (2 anos humanos), ele, agora pai de um rapaz chamado Cinza, trabalha como colunista num jornal local. Cansado da vida que leva agora, ele decide voltar aos velhos tempos para melhorar a condição financeira da família. Então ele decide roubar o ganha-pão de 3 agricultores mal-humorados: Boggis, um criador de galinhas, Bunce, que cria perus e só come fígado de ganso, e Bean, que cultiva maçãs . Quando os 3 descobrem os roubos, decidem extermina-lo e o Senhor Raposo, com a ajuda da sua família e dos habitantes locais, decide contra-ataca-los.
Apesar de ser um bocado parado, o filme é agradável para todas as idades com uma bela mensagem de não abandonar aquilo que gostamos e somos bons.
Este filme foi um sucesso de bilheteira e de critica, embora tenha sido ignorado em países não-ingleses e recebeu uma nomeação ao Óscar de Melhor Filme de Animação (perdeu para “Up Altamente”, 2009). 9 anos depois, Wes Anderson vai voltar com um novo filme animado em Stop-Motion chamado “Ilha dos Cães” (Cliquem aqui para saber mais).
E esta é a minha lista. Qual seria a vossa? Pode ter mais que 10 filmes ou menos. Escrevam nos comentários.
sábado, 10 de março de 2018
10 Filmes de Família Americanos Não-Disney que merecem uma nova oportunidade
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