Olá pessoal! Em homenagem ao remake de “O Livro da Selva” que a Disney vai lançar este més, decidi fazer uma crítica sobre o filme animado que o inspirou, o meu preferido da Disney. Têm cuidado que há spoilers nesta crítica, portanto acho melhor vocês verem o filme antes de lerem.
Eu vi “O Livro da Selva” quando tinha 4 anos. É o meu filme
preferido da Disney, talvez pela combinação de: um roteiro inteligente e
divertido, uma animação 5 estrelas feita por alguns dos lendários 9 Old Men da
Disney, canções viciantes como por exemplo a famosa “Somente O Necessário” e os
personagens mais memoráveis que a Disney criou.
O filme (tal como alguns dos filmes da Disney naquela
altura) começa com uma introdução em livro. Somos apresentados á pantera
Baguera que ouve um barulho nunca antes visto na selva: o choro de um bebé
humano (ou “filhote de homem” como os animais da selva, no filme, dizem) que
estava nos destroços de uma canoa, órfão. Baguera sabe que aquele bebé não iria
sobreviver sozinho na selva, sem os cuidados de uma mãe, e lembra-se que um
casal de lobos que ele conhece tinha tido filhotes e se calhar não iriam se
importar de adoptar mais um. Ele leva o bebé ao casal de lobos que o aceitam
como um deles. O casal de lobos decide chamar ao bebé de “Mogli”. 10 Anos se
passaram, e Mogli cresceu, tornando-se o companheiro preferido de brincadeiras
dos filhotes da alcateia. Ele era completamente feliz, mas Baguera sabia que um
dia ele teria que voltar para a sua gente.
Foi então que uma má notícia chegou á região onde Mogli
vivia: Shere Khan, o tigre, tinha regressado aquela região. O tigre detesta
homens, para além de ter medo das armas humanas e do fogo. Akela, o líder da
alcateia sabia que o rapaz não podia continuar na alcateia, senão o tigre
matava-o e aos que tentarem protege-lo, foi então que Baguera disse que a
melhor ideia era manda-lo para a Aldeia dos Homens mais próxima.
Mas Mogli não queria ir para a Aldeia dos Homens, porque a
selva era o seu lugar. Durante a viagem, Mogli conheceu Balu, um urso
despreocupado que tem um lema, que é uma das canções mais memoráveis da Disney
“Somente o Necessário”, que se torna um dos companheiros inesperáveis do rapaz,
para além de conhecer outros animais, alguns que não querem coisa boa com ele
que são: Casca, uma cobra pitão com poderes hipnóticos que quer comer o rapaz,
Rei Lu, um orangotango líder de um bando de macacos numas ruinas antigas que
quer ser humano e que o rapaz lhe ensine como fazer fogo, e o próprio Shere
Khan, na qual há uma batalha climática na qual Mogli usa fogo para derrotar o
tigre.
No final, Mogli vê uma menina na Aldeia dos Homens (que no 2 º filme é revelado que se chama Shanti) que
estava a sair de lá para buscar água (A minha cena preferida do filme), e
decide se aproximar para vê-la melhor. Ao ver o rapaz, a menina deixa cair o
seu pote “acidentalmente”, na qual Mogli pega nele, enche-o de agua, e a menina
deixa-o levar o pote por ela, e Mogli segue-a até á Aldeia dela.
Há 2 mensagens que o filme ensina: a amizade e descobrirmos
qual é o nosso lar.
Na 1 ª, Mogli adorava a sua vida na selva. Quando soube que
tinha de ir morar na Aldeia dos Homens, Mogli pensava que a sua família e os
seus amigos não entendiam a sua ligação com a selva. Quando os seus amigos
quase arriscam a vida para salva-lo do tigre, Mogli percebe que eles se
preocupam com ele e só querem o melhor para ele.
Na 2 ª, Mogli não queria ir para a Aldeia dos Homens, porque
a selva é o único lugar que ele conhece. No entanto, quando ele conhece a
menina, Mogli percebe que a Aldeia dos Homens não deve ser assim tão má. Mas
ele sabe que a selva vai continuar a fazer parte dele, e que ele pode visita-la
quando quiser. Mesma coisa quando mudamos de casa: Quantos vários de nós,
quando eramos crianças e adolescentes e soubemos que iria-mos mudar de casa,
sentimos a mesma coisa que ele sentiu ao principio? Mas quando fazemos novas
amizades, como Mogli fez quando conheceu a menina, nós vemos o nosso novo lar
com uma perspectiva mais positiva, como Mogli fez. Mas o nosso antigo lar e as
nossas memórias de lá ainda vão ser importantes para nós. Sempre me
identifiquei com o protagonista por causa disso, quando tive 13 anos e mudei-me
de casa, e fiz novos amigos lá.
Também é por isso que o filme é o meu preferido, e tenho altas
expectativas quanto ao remake.